Enquanto isso, eu vou me entregando ao remanso do meu rio imaginário. Imagino suas margens. Uma gente feliz observando-o; redes lançadas, confiantes da riqueza que as águas ocultam. Poetas extasiados, dele extraindo palavras. Pescadores extraindo peixes, rindo dos poetas. Afluentes chegando, ministrando-se em mim, tornando-me outra, emprestando-me forças para que eu não me acabe antes de chegar ao mar. Se no percurso me barram, fico profunda. Assim eu vou. (MELO, Pe. Fábio De. Mulheres de aço e de flores, 2015, p.64).