Não gosto de desvendar mistérios. Prefiro conviver com eles. Saborear o não saber, o oculto, é prazer que não mensuro. Esbarrar no silêncio das coisas sem forjar palavras é um jeito que tenho de viver imaginando. Quando não sei, imagino, e imaginar é ver o mundo do avesso. Desvendar é o mesmo que expor à banalidade.  Há mais beleza na pergunta que na resposta. É a força contundente das estéticas inacabadas. (MELO, Pe. Fábio De. Mulheres cheias de graça, 2015, p. 72).